segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Bruxos & Bárbaros - Culturas - Arthasianos

Seguindo com o planejamento de lançar um segundo "preview" do Bruxos & Bárbaros com as regras para criação de personagens (e para evolução desses), estou apresentando algumas postagens com parte do conteúdo que fará parte desse material. Hoje eu trago uma cultura, com sua descrição completa, incluindo história, costumes, organização, aparência, reputação, e até a sua benção cultural. Ao longo dos próximos dias, irei fazer o mesmo com cada uma das 10 culturas iniciais do jogo.

A primeira delas são os Arthasianos, os homens comuns, a população mais numerosa do cenário (pelo menos da região inicialmente apresentada). Originários da miscigenação de diversas outras culturas escravizadas no antigo Império Sartar, os Arthasianos se espalharam junto com seus senhores. Hoje eles estão em praticamente todas as Cidades-Estados, misturados com outras culturas, muitas vezes vivendo como uma classe inferior, mas preferindo isso aos perigos da vida nômade nas regiões selvagens de Anttelius.

Arthasianos

Conhecidos com os Filhos de Arthasia, ou o Povo Comum, os Arthasianos são o resultado de milhares de anos de miscigenação entre diversas etnias debaixo do Império de Sartar. Durantes os milênios em que os Reis-Bruxos governaram Arthasia, diversas etnias foram escravizadas e forçadas a viver lado a lado, sendo inevitável que acabassem se misturando. Sendo descendentes de escravos e não pertencendo inteiramente a nenhum povo, mesmo com a ruína do Império de Sartar, os Arthasianos acabaram sendo relegados a cidadãos de segunda categoria. A grande maioria deles vive em cidades dominadas por outros povos, alguns com direitos quase iguais aos seus compatriotas, outros até mesmo como escravos. Recentemente, um homem chamado Komenchan fundou a primeira Cidade-Estado governada por Arthasianos, Esperas, na Baia do Dragão, começando uma nova era na história desse povo.

Origem: Durante o Império de Sartar, diversos povos oriundos de várias partes do continente foram trazidos para as cidades controladas pelos Reis-Bruxos. Durante milênios esses povos conviveram lado a lado, compartilhando um ódio contra os Sartarianos, e, consequentemente, suas camas. O resultado foi um povo de indivíduos que possuíam os traços mais diversos, resultante da mistura de diversas raças e culturas, e altamente adaptável. Mesmo após a queda do Império de seus senhores, os Arthasianos conseguiram sobreviver, se misturando com os outros povos, se adaptando às novas condições, e se tornando o povo mais números de Arthasia. No entanto, por não terem uma identidade forte, muitos deles sofrem preconceito e são tratados como um povo inferior, impuro, que merece um tratamento apenas um pouco melhor do que um escravo. Por causa disso, recentemente, um Sacerdote chamado Komenchan, guiado por uma visão de um futuro melhor para seu povo, lidereu dois mil Arthasianos para as ruínas perdidas de uma antiga Cidade Sartariana e começou a reconstruí-la, fundando Esperas, a cidade da esperança, onde o Povo Comum vive e governa a si próprio.

Aparência: Os homens e mulheres desse povo possuem a aparência mais variada de todas as culturas de Anttelius. Devido a miscigenação de vários povos, cada Arthasiano pode apresentar traços de diversas etnias, uns quase podendo se passar por membros de outras culturas, e outros sendo tão diferentes que não se encaixam na descrição de nenhuma delas. De maneira geral, eles tendem a uma estatura média, com homens medindo por volta de 1,70m e mulheres 1,60m; cabelos e olhos com tons mais escuros; e uma pele que varia da morena clara à escura.

Costumes: Comumente, os Arthasianos adotam os costumes dos povos dominantes na região em que vivem, muitas vezes sendo impedidos de realizar todos os ritos e de participar te todas as ocasiões por não serem “puros”.  É bastante típico desse povo, também, o sincretismo cultural, fazendo com que os Arthasianos incorporem elementos de diversas culturas, religiões, e credos, mesmo contraditórios, aos seus, tornando a definição de costumes comuns desse povo difícil. Apenas recentemente, com a fundação de Esperas, eles começaram a ter uma estabilidade maior que os permite desenvolver esse aspecto de suas vidas. Lá, uma prática recente tem surgido, fazendo com que toda a cidade seja ocupada por uma grande festa todo último dia dos meses, a fim de celebrar a liberdade finalmente alcançada.

Organização: Da mesma forma, esse povo não possui uma organização e sociedade firme e homogênea. A maioria deles vive como cidadãos de segunda classe nas Cidades-Estados de outras culturas, preferindo uma vida marginalizada porém segura, a viverem sob os perigos de fora das muralhas. Em Esperas, no entanto, as coisas são diferentes. O governo é exercido por um Senado eleito de dez em dez anos, podendo se candidatar os patriarcas de cada uma das famílias residentes. São vinte homens que decidem todos os rumos políticos e econômicos da nova cidade, e por isso acumulam um poder significativo. Isso acabou gerando um batalha de poder nos bastidores do Senado, e a cada dez anos um verdadeira guerra de influências é travada pela cidade. Além disso, em Esperas, não há restrição a nenhum culto religioso, inclusive há templos de divindades rivais próximos uns dos outros, o que deixa muitos fiéis de outros povos um tanto descontentes. Há escravidão é proibida na Cidade-Estado Arthasiana. Embora aqueles que cheguem portando escravos não tenham sua entrada proibida na cidade, seus escravos receberam ajuda dos habitantes e do governo de Esperas caso desejem se tornar livres. Na prática isso não acontece tão frequentemente quanto o esperado, no entanto.

Reputação: Conhecidos principalmente pela alcunha de Povo Comum, os Arthasianos são tratados, em sua maioria, como cidadãos de segunda classe. Muitas das outras culturas, devido às tantas diferenças entre elas, tendem a se achar superiores, considerando os Arthasianos como impuros e imperfeitos. Alguns pouco indivíduos, entretanto, estão atentos aos acontecimentos em Esperas, e eles se dividem entre admiradores das inovações e mudanças trazidas peles Arthasianos, e os que acham que eles estão procurando por problemas.

Idioma: Os Arthasianos que vivem em comunidades de outros povos costumam falar o idiomas destes, embora alguns deles ainda falem um idioma originário do Sartariano Antigo, misturado com um pouco de todos os outros idiomas das culturas que foram escravizados no Império. Essa língua, Arthasiano, é o idioma oficial de Esperas, e os cidadãos de lá se esforçam para manter essa parte de sua cultura viva, mesmo com a grande influência dos Eleanos nos últimos anos.

Benção: Se tem alguma característica que define de maneira icônica esse povo é a sua adaptabilidade a qualquer situação e, às vezes, até parece que os Deuses os ajudam em situação difíceis. Gastando 1 ponto de Sorte, o personagem pode ignorar todos os modificadores circunstanciais de um teste, ou solicitar que o Cronista julgue sua ação ignorando modificadores circunstâncias por uma cena. Assim, se ele tivesse que atravessar um desfiladeiro enquanto chove muito forte, fazendo um Teste de Agilidade Muito Difícil, ele pode gastar 1 ponto de Sorte para ignorar a chuva e fazer um Teste de Agilidade Difícil.

Aspectos Sugeridos: Determinado, Adaptável, Diplomata, Paciente, Sobrevivente

Pois bem, esses são os Arthasianos, um povo que parece estar se caminhando para um futuro melhor para eles mas ainda sofrende bastante com seu passada e o preconceito das outras etnias (me lembram um pouco os brasileiros). Espero que tenham curtido. Os próximos serão os Athiggnus, os Andarilhos da Noite.

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2 comentários:

  1. Curti Diogão. O cenário está prometendo muito! Keep it up!

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  2. P&%*! Muito legal a descrição do povo, achei bem completinha e boa de ler. Texto do tipo que vai dando ideias de contextos e históricos. Fiquei curioso pra conhecer mais de Esperas.

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