quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Bruxos & Bárbaros - Culturas - Ungawa

Estamos de volta para trazer mais algumas informações sobre o Bruxos & Bárbaros, o RPG Old School de Espada e Feitiçaria. Para quem não está acompanhando, foram disponibilizados novos arquivos, com algumas correções para o Jogo Rápido do Bruxos & Bárbaros - O Crânio de Tuhan. Enquanto isso, eu vou continuando a traduzir minhas anotações em algo apresentável, trazendo o conteúdo que vira no próximo Jogo Rápido e na versão final do jogo. Já vimos como será a Geração de Atributos e Augúrios, trouxe as culturas Arthasiana, Athiggnu, Eleana, Kollichiana, OngkheseanaRavinaiRumânica, e Solsonnir, assim como as Complicações, que dão um toque especial ao personagem.

Hoje trago os Ungawa, os selvagens das Selvas de Yuzula, no sul da região central de Arthasia. Esse povo é na verdade uma grande coleção de tribos diferentes, algumas aliadas entre si, outras inimigas juradas de seus "irmãos". Eles são bastante espiritualizados e reverenciam espíritos que vivem em um mundo paralelo ao mundo dos vivos. Os Xamãs são os líderes espirituais dessa cultura, e muitas vezes os lideram em combate também. Apesar de serem vistos como selvagens pelos povos do norte, os Ungawa possuem uma cultura rica e bem desenvolvida também. Abaixo apresento o texto que deverá vir no próximo Jogo Rápido.

Ungawa

Nativos das selvas do sul, os Ungawa são vistos como selvagens e exóticos pelas culturas do norte. Outrora escravizados pelos Zartarianos no passado, os Ungawa retornaram à Selva de Yuzula reencontrando suas raízes. Esse povo possui fortes tradições tribais, que os ligam aos espíritos do outro lado do véu. Guiados por Xamãs e líderes guerreiros, os Ungawa vem ganhando novos espaços no mundo afora devido às visões proféticas que os espíritos estão trazendo. Apesar de serem divididos em diversas tribos, algumas até inimigas entre si, esse povo se mantém unido contra qualquer ameaça externa. Um tempo de mudanças está para chegar, pelo menos, é no que acreditam.

Origem: Alguns Cronistas da Ordem afirmam que os Ungawa são tão antigos como os Zartarianos, e viviam em sociedades primitivas nas selvas do sul, ao mesmo tempo que os futuros bruxos começavam a ergues suas cidades e a estudar a arte da feitiçaria. Suas tribos se formaram e viveram em relativa harmonia durante séculos, até que os Reis-Bruxos do norte decidiram escravizar todos os povos “inferiores”. Foram milênios debaixo dos chicotes daquele povo, milênios distantes de suas terras, presenciando as atrocidades dos Zartarianos. Outros povos surgiram nesse período, oriundos de miscigenações com os Ungawa, mas quando Zartar ruiu, as Selvas de Yuzula os chamaram de volta. Hoje, dezenas de tribos diferentes vivem nas selvas do sul, cada uma com seus líderes e tradições específicas, mas todas ligadas aos espíritos que os guiam desde os tempos ancestrais, os Yurixas.

Aparência: Os Ungawa possuem uma certa variação na aparência, tendo tribos com indivíduos mais altos ou mais baixos, mais ou menos atléticos, além de outras pequenas variações. Suas peles, no entanto, são invariavelmente negras como ébano, e possuem olhos de cores escuras. Seus cabelos são na imensa maioria crespos, em cores escuras, como castanho, negro, e um marrom esverdeado. Tatuagens são comuns nesse povo, e os Ungawa marcam seus corpos com diversas figuras e padrões que denotam tribo, papel e títulos. Dentro de suas terras, esse povo não costuma usar roupas, mas adornos com penas e ossos de animais são usados pela maioria das pessoas, sendo que os ossos das bestas mas ferozes só podem ser usadas por aqueles que conseguiram derrota-las em combate.

Costumes: Os Ungawa tem uma vida espiritual única entre os povos de Anttelius. Eles reverenciam espíritos, tanto de seus ancestrais, como de elementos da natureza, como de aspectos abstratos, como a vida, o amor, e o ódio. Os Xamãs desse povo, então, possuem grande influência e poder no dia a dia das tribos. Muitos deles são líderes de comunidades e lideram seus irmãos em combate, sob o auspício de espíritos que lhes dão força e poder. Cada tribo possui um espírito protetor que chamam de Totem, e muitas famílias e dinastias possuem um ancestral como guardião de seus membros também. Além disso, os Ungawa vivem em cabanas de madeira e palha no seio das densas matas das Selvas de Yuzula. A região em torno da grande árvore ancestral Yuzula, a última sequoia-vermelha da selva, é considerada solo sagrado, onde nenhum sangue pode ser derramado sem um ritual de oferenda. Todas as coroações, cerimônias fúnebres e partos são realizados sobre as folhas da grande Yuzula, a árvore mãe que acolhe e protege os Ungawa desde o fim da escravidão Zartariana.

Organização: Os Xamãs, conhecidos como Yuaôs, são os regentes das tribos Ungawa. Os Yuaôs incorporam os Yuríxas, os espíritos que permeiam o nosso mundo, em um transe espiritual sempre que uma ordem precisa ser dada. Mas são nas cerimônias regidas pelo Yuluríxa, os Grandes Xamãs, é que são tomadas as decisões mais importantes de cada tribo. A única situação onde os Yuaôs perdem seu poder é durante os tempos de guerra, onde os Yuríxas optam por incorporar nos Yutataus, nobres e corajosos guerreiros com a face tatuada e o corpo-fechado. Cada tribo possui uma casta de guerreiros que protege o grupo de ataques de monstros, outras tribos e das investidas de escravagistas do mundo civilizado. Ocasionalmente, em ocasiões especiais, as diversas tribos podem se reunir sobre os galhos de Yuzula, para a tomada de decisões importantes e interpretar os sinais que são enviados do mundo espiritual.

Reputação: A visão mais comum que os outros povos tem dos Ungawa é a de selvagens, incultos, pagão, e canibais. De fato, algumas tribos praticam o canibalismo, se alimentando da carne dos inimigos que consideram de valor, a fim de poder absorver suas qualidades. No entanto, poucos sabem da rica cultura verbal e espiritual que esse povo possui. Alguns poucos Cronistas de Mezanthia conhecem alguns desses aspectos, mas muito ainda é desconhecido sobre essa cultura.

Idioma: Unga é o idioma falado pela maioria das tribos, embora algumas falem dialetos derivados desse primeiro e do contato com povos do norte. Essa é uma língua bem gutural e sonora, sendo de difícil aprendizado para quem não nasceu entre as selvas do sul. No entanto, não há uma forma escrita dessa língua, preferindo os Xamãs a se dedicarem a registrar os ensinamentos dos Yurixás com pinturas em árvores antigas e cavernas.

Benção: Os Ungawa possuem uma ligação quase natural com o mundo dos espíritos, e por isso tem acesso ao conhecimento e poderes dessas entidades ocasionalmente. Por meio de auto-hipnose e oração, o personagem pode gastar 1 ponto de Sorte para entrar em um transe por 1 turno. Durante esse tempo ele terá visões e sonhos enviados pelos espíritos que o guiam, e conseguirá respostas, conselhos, e informações necessárias, mesmo que ele ainda não saiba que precisa delas. A quantidade e a qualidade das informações e conselhos obtidos vai depender do julgamento do Cronista, mas, de maneira geral, deve permitir um avanço na história e dar alguma vantagem ao jogador.

Aspectos Sugeridos: Caçador, Herbalista, Incivilizado, Pescador, Homem do Mato.

Bem, esses são os Ungawa, o povo selvagem do sul, adoradores de espíritos ancestrais, e valorosos bárbaros. Provavelmente eles se sentiriam como peixes fora d'água nas Cidades-Estados Eleanas, mas com as visões dos Xamãs levando cada vez mais jovens Ungawa para o norte, eles deverão superar essa dificuldade.

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