terça-feira, 18 de novembro de 2014

10 Dicas básicas de sobrevivência para exploradores de masmorras

A vida de um aventureiro não é nada fácil. A promessa de tesouros, artefatos antigos e poderosos, a fama e a glória que vem das vitórias e o conhecimento e poder que vem das descobertas são bastante atrativos. Mas o fato de que pouquíssimos daqueles que tomam esse caminho retornam para o mundo dos vivos é o suficiente para desencorajar a maioria das pessoas a persegui-lo. Não é a toa que a maioria da população nos mundos de fantasia ainda é formada de camponeses, comerciantes, nobres e outros tipos que se escondem atrás dos muros de uma cidade.

Isso é bastante real quando olhamos para jogadores novatos que ainda não tem tanta experiência com aventuras e masmorras típicas de RPGs de fantasia (principalmente aquelas no estilo "Old School"). A medida que aprendemos mais sobre alguns princípios de sobrevivência nesses mundos e adquirimos mais experiência, nossas chances de chegar a voltar para casa com alguma coisa aumentam consideravelmente. Assim, na esperança de ajudar alguns amigos aventureiros, preparamos uma lista rápida com 10 dicas básicas de sobrevivência em masmorras para ajudar novos jogadores ou relembrar aqueles mais antigos que já esqueceram alguns detalhes.

Informação é fundamental: Se você sabe para onde está indo (para o Templo Perdido do Deus Adormecido), tente descobrir o máximo que puder sobre o local antes de sequer partir para lá. Procure por rumores, lendas, e qualquer outra informação sobre o local, seus habitantes passados e atuais, tesouros escondidos, armadilhas, maldições, qualquer coisa. As fontes de informação podem ser igualmente variadas, como boatos na taverna, narrações de lendas pelos camponeses, escrituras antigas em velhos tomos e toda sorte de coisas. Mas a coleta de informações na para por aí. Dentro das próprias masmorras pode haver muitas dicas e informações para aqueles que prestarem atenção. Rabiscos nas paredes, restos de equipamento ou de ossadas pelo chão podem dizer muitas coisas.

Não economize com equipamento: Pode ser difícil estar bem equipado nos primeiros níveis mas, depois desse ponto inicial, é fundamental que o grupo de aventureiros esteja bem equipado, principalmente no que diz respeito a coisas mundanas como tochas, cordas, pinos de metal, pé de cabra e outras coisas. Esses itens simples podem fazer a diferença entre um expedição bem sucedida e uma fadada ao fracasso. Não só isso, podem fazer a diferença entre a vida e a morte em alguns casos. Já perdi a conta de quantas vezes um grupo dentro de uma masmorra se viu sem recursos quando precisava deles por ter trazido uma só unidade de cada coisa. Quando a sala se trancar e gás venenoso começar a preencher o ambiente vocês vão ver como um pé de cabra é importante.

Tenha um grupo diversificado: O grupo é mais forte que a soma de suas partes, principalmente se essas partes se complementarem em termos de habilidades. Um grupo de Ladrões pode parecer perfeito para entrar em masmorras furtivamente, roubar os habitantes, desarmar armadilhas e outras coisas. Mas se algo der errado (e sempre dá, convenhamos) e eles se virem precisando de uma cura ou cercados por brutamontes, eles irão desejar ter um guerreiro ou clérigo no grupo. Além disso, tudo fica mais fácil com um mago que saiba usar suas magias de forma inteligente. Um grupo diversificado é muito mais forte que um grupo desfalcado, tendo mais chances de sair da masmorra vivos.

Evitem se dividir: Se é na diversidade e complementação de habilidades que reside a força de um grupo, dividi-lo, obviamente, não parece uma boa ideia, não é? As vezes essa divisão pode ser necessárias (como quando o Ladrão do grupo faz uma de batedor a frente) mas ela deve ser apenas temporária. Nunca se sabe quando você precisará da ajuda dos seus companheiros. Lembrem-se que vocês estão em um lugar em que praticamente tudo pode te matar.

Saiba o que querem conseguir: Antes de entrar em um local, decidam o que querem conseguir lá dentro e esforcem-se para se manter nesse plano de ação. Explorar todas as salas, matar todos os monstros e conseguir todos os tesouros do local vai ser impossível e, muito provavelmente, vai resultar na morte, se não de todos, de uma boa parte do grupo. Se o objetivo é conseguir o Crânio de Ouro de Tuhan, foque nisso e não se distraia com outras coisas. Acredite em mim, masmorras são feitas com várias distrações que parecem atrativas mas são, na verdade, armadilhas sutis que levam a morte de muitos aventureiros. Cada combate, aposento, armadilha vai consumindo recursos importantes que vocês precisaram para chegar onde querem e para sairem daquele lugar maldito.

Mapeiem o local: Muitas masmorras são construídas como labirintos, feitas para dificultar a saída de quem está lá dentro. Há muitas passagens, corredores, aposentos e caminhos que levam para lugares estranhos ou para lugar algum. É, portanto, fundamental que alguém do grupo tome nota dos caminhos tomados e tente elaborar um mapa dos locais que já visitaram. Não é incomum que aventureiros consigam alcançar seu objetivos na masmorra e acabem perecendo por não conseguirem achar o caminho de volta à superfície.

Quanto mais profundo, mais perigoso: Muitos jogadores não se lembram mais ou não tem conhecimento desse princípio básico sobre construção e design de masmorras. Quanto mais distante do sol, mais profundo nas trevas, mais perigosa se torna a masmorra. E não estou falando só dos monstros ficarem mais fortes e mais estranhos. Quanto mais profundo for o nível da masmorra, mais distante ela é da realidade e da ordem natural do mundo. Assim, as regras ali podem ser outras e o caos impera. Dessa forma, quanto mais profundo você e seus companheiros descerem, esperem coisas cada vez piores.

Não é preciso matar todos os monstros: Essa é uma noção importantíssima que novos jogadores devem aprender. O confronto direto com todos os monstros não deve ser a única opção. Alguns monstros estão lá, justamente, para serem evitados. Outros podem ser sucetíveis a barganhas, outros podem ser enganados ou a furtividade pode ser muito mais vantajosa. Lembre-se que ainda é possível forjar alianças com facções neutras e que podem ter inimigos em comum com o grupo.

Vitória nem sempre é uma opção: É preciso que todos tenham isso na cabeça. Às vezes é mais esperto fugir e sobreviver para lutar outro dia do que encarar toda briga de frente. Saber quando vale a pena lutar e quando é melhor fugir é uma habilidade preciosa que os jogadores aprendem e aumentam consideravelmente a expectativa de vida dos seus personagens. Lembre-se: seu jogador é o protagonista da história sendo criada mas esta não é, necessariamente, sobre como ele derrota tudo e a todos, ela pode facilmente se tornar um drama ou filme de terror.

Vá embora antes que seja tarde demais: Se você esperar ficar sem magias e com 2 PVs para resolver ir embora da masmorra, é tarde demais. É tentador ficar e explorar só mais alguns aposentos, quem sabe achar uma poção de cura "que o mestre deve ter escondido por aqui em algum lugar". Lembre-se da dica anterior. Um bom momento para decidir se retirar e recompor as forças é quando o grupo só tem recursos para mais 1 ou 2 batalhas. Afinal, encontros aleatórios são um possibilidade real e encontrar um grupo de carniçais enquanto se está voltando para a cidade com um amigo desacordado e sem magias é um tanto fatal.

Algumas pessoas acham que para ser bem sucedido na carreira de aventureiro basta fazer personagens combados e ter altos valores nas estatísticas, mas isso não é verdade (principalmente se você joga RPGs em que não é possível se conseguir essas coisas). A habilidade dos próprios jogadores é um fator determinante para a sobrevivência de seus personagens e os mestres, sem dúvida, gostam de jogar com jogadores habilidosos.

Espero que essas dicas tenham sejam úteis para alguns de vocês. Quem quiser compartilhar outras conosco, é só deixar nos comentários!

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